Sempre vês a garrafa mediada
das lágrimas de sal do coração
que choras por seres tão desgraçada
por não teres um príncipe azul cão.
Não sabes se subir ou se baixar,
não sabes se dormir ou acordar.
Queres um cavaleiro ou um truão?
Queres um trapaceiro ou um galão?
Queres um guerrilheiro ou um langrão?
Queres um libertino ou um deão?
Não sabes se esquecer ou se lembrar,
não sabes se saber ou ignorar.
As coitas para ti são má piada
dum deus ou desse karma tão cabrão
que falam nas revistas de carnada
e ultimamente na televisão.
Não sabes se sorrir ou se chorar,
não sabes se cuspir ou se tragar.